O presente artigo é resultado de um estudo sobre os traços naturalistas no romance Bom crioulo de Adolfo Caminha, livro marco na história da literatura brasileira o qual inovou na época de seu lançamento por tratar de um tema tabu até então: a homossexualidade. Procuramos dissertar sobre como o autor desenvolve sua escrita em sintonia com as características do estilo da época, de forma que possamos perceber o desenrolar do enredo e as motivações que regem a trama fundamentadas pelas teses principais do movimento vigente. Destacamos no romance as passagens nas quais as personagens agem pelo instinto animal, base da teoria naturalista, sendo levadas a comprovar, desta forma, as marcas do Naturalismo na obra.