Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto da censura nas artes visuais brasileira durante os anos mais repressores do regime militar, de 1968 a 1975, que fez com que artistas plásticos que viviam e trabalhavam no Brasil sob a ditadura militar desenvolvessem novos meios de expressão, produzindo novas linguagens através de diálogos estabelecido com a body-art, a pop-arte e com a arte conceituai entre outras. Isso fez com que surgisse no Brasil uma poética própria, original, incisiva e inovadora. Vários artistas plásticos trabalhavam sob a ditadura brasileira, os trabalhos artísticos produzido nesse período são muitos vastos, cada artista, a sua maneira, buscam novas formas de se expressar e protestar contra a ditadura, portanto este artigo vai se concentrar nas ações de três artistas por serem os mais jovens que viveram e trabalharam e atingiram o auge de suas carreiras durante este período, Artur Barria, Antônio Manoel, e Cildo Meireles. Cada um desses artistas, à sua maneira, encontrou uma forma de driblar a censura e dar resposta ao regime militar, criando uma arte inovadora. A obra de Antônio Manoel guarda uma semelhança com à hody- arte, apropriando-se da mídia para expor o estado de censura. Barria, ao propor a Situação TIT, questiona o sistema tradicional de arte e o próprio fazer artístico, pregando a criação de uma arte viva ou uma anti-arte. Cildo Meireles, de uma forma sutil critica o capitalismo e infiltra-se nas brechas do regime militar para divulgar informações negadas pelos militares.