Resumo
Uma planta caracteriza-se como medicinal quando tem em sua composição substâncias químicas com função biológica que podem ser utilizadas para aliviar dores ou curar doenças. A maioria das pessoas preferem o uso destas plantas por acreditar em sua segurança e pela facilidade na obtenção da grande maioria delas, o que contribui para o uso indevido e sem orientação profissional. Assim, torna-se necessário resgatar o conhecimento acerca das plantas medicinais a fim de contribuir para seu uso consciente e a valorização da medicina popular. Nesse contexto, este estudo objetivou realizar o levantamento das plantas medicinais utilizadas pelos familiares e alunos da E.E. Dr. Paulo Araújo Novaes em Avaré-SP. Para tanto, foram aplicados 210 questionários entre alunos do 6° e 8° anos. Estes questionários foram respondidos em suas residências e os dados apresentados como número de citação das plantas medicinais e forma de uso da mesma. Foram recolhidos 92 questionários devidamente respondidos sendo que as plantas mais citadas, em ordem decrescente de citação, foram: Alho (89,13%), Hortelã e Camomila (82,60%), Canela e Erva-Doce (75%), Erva-Cidreira (71,74%), Boldo (65,21%), Gengibre (58,69%), Babosa (53,26%), Guaco (50%), Alecrim (47,82%), Quebra-Pedra (42,39%), Manjerona (40,21%), Capim-Limão (32,60%), Alfavaca (26,08%), Erva de Santa Maria, Poejo e Carqueja (23,25%) e Calêndula (11,95%). Foram obtidos relatos das mais diversas formas de preparo sendo a mais citada o chá (62,34%), seguida pelo uso nas receitas culinárias (26,93%), estética (4,36%), xarope (2,87%), ferimentos e/ou queimaduras (2%) e suco (1,5%). Conclui-se que os alunos da E.E. Dr. Paulo Araújo Novaes junto de seus familiares reconhecem e utilizam algumas plantas medicinais, principalmente na forma de chá, podendo servir este estudo como importante ferramenta de escolha para plantas a serem cultivadas em uma horta escolar.